sexta-feira, 29 de maio de 2015

Minha Caminhada


Venho de uma família de artistas e seria improvável se eu não fosse pelo mesmo caminho. A profissão que eu realmente amo e que dá sentido à minha vida é, definitivamente, a de músico. O músico começa a ser músico quando aprende a ouvir, apreciar, entender, reproduzir e criar sua própria música. Cada músico deixa pegadas na sua estrada na medida em que caminha na direção de seu sonho. Vou mostrar aqui as minhas:

Com 4 anos de idade tive contato com um piano de xilofones de brinquedo. Não tinha muita noção do que estava fazendo e nem me lembro de ter tocado alguma música nele. Mas lembro que foi divertido. É algo que faz parte das minhas memórias mais antigas. Pouco depois tive contato com um piano de verdade. Naquele momento despertei para a música.

Com 10 anos de idade, ganhei um teclado Casio CA-100 Tone Bank, com um songbook do Michael Jackson. Comecei a fazer aulas com a D. Terezinha por tempo suficiente para que eu aprendesse o básico do básico e depois comecei a estudar sozinho lendo livros, revistas, partituras. Tocava de ouvido e estudava quando tinha oportunidade.

Participei de festivais de talentos na escola, meus colegas gostaram e me incentivaram a continuar no caminho da música. Então continuei praticando. O tempo passou e o Casio CA-100 foi substituído por um Yamaha PSR-85. Comecei a relacionar os sons do violão com os do teclado, pois queria aprender a tocar mais um intrumento. Fiz meu primeiro mapa de braço do violão com 15 anos de idade. E isso me ajudou bastante a entender a música do jeito que eu a compreendo hoje.

Percebi então que era possível conectar meu teclado no computador e aprendi como funciona a linguagem MIDI, como gravar e como reproduzir. Fiz algumas composições, coisas bem simples. Meus horizontes musicais se expandiram de uma forma que nunca tinha acontecido antes. Havia um algo mais naquelas musiquinhas instrumentais polifônicas, algo que eu ainda não sabia explicar e que mais tarde ficou bem claro pra mim.

Com 17 anos, eu já tocava teclado relativamente bem, gravava minhas composições em MIDI no computador, arranhava no violão e na guitarra. Ganhei de aniversário um baixo Washburn XB-400. Voltei a estudar na escola de música da D. Terezinha com o professor Fabiano. Fiz aula de baixo por uns 8 meses, passei bem por avaliações mas precisei sair da escola por motivos financeiros. O professor Fabiano me ensinou uma coisa muito importante que eu ainda não tinha aprendido porque só tocava sozinho: Presença de palco. Mas eu tinha muita vergonha ainda.

Montei uma banda com meu irmão. A gente queria tocar Iron Maiden, Metallica, Raimundos... Meu irmão era guitarrista e eu era baixista e precisávamos de um baterista. Um amigo nosso chamado Manoel se prontificou a tocar conosco e depois de alguns ensaios, tocamos em um festival de música da escola dele. Infelizmente essa banda não durou muito tempo. Pouco depois um colega da minha escola, o baterista Marcelo Presto me chamou pra tocar na banda dele. Mas ele não procurava um baixista e sim um tecladista. Impressionante como existem muito mais bandas procurando por tecladistas do que baixistas.

Essa banda era a Aurora Boreal (hoje a atual Massahara) e o repertório girava em torno dos clássicos do rock. Ensaiávamos em um estúdio, que ficava na casa do guitarrista, Fábio Gracia. Pouco tempo depois Marcelo Presto saiu da banda, dando lugar ao baterista Tiago Sapienza. Muitos vocalistas passaram por essa banda, entre eles, Gustavo Capellas, Junior Perin, Álvaro Pato e Dudé Martins. infelizmente a banda se encontrava em um nível tão amador que nenhum deles ficou por muito tempo. Apesar de todo o amadorismo, crescemos muito musicalmente aprendendo um com o outro. Ensaiávamos à exaustão e nosso progresso era muito lento. Fizemos pouquíssimas apresentações, porém todas elas foram importantes.

Uma delas foi no Cervejazul, um bar no bairro da Mooca voltado para apresentações ao vivo. Passei a freqüentá-lo e acabei conhecendo muita gente interessante no meio musical, dentre eles, os guitarristas Cacá Aricó e Alexandre Tucano, que eram os sócios do bar. Conheci também os irmãos Edson e Sérgio Navarrette (guitarrista e baterista), os baixistas Emerson Bolinha e Júnior Coquinho, e os bateristas Fabiano Martinelli e Rodrigo Ramos. Eu não tinha a menor ideia de como estas amizades seriam importantes no meu futuro.

Outra pessoa que eu conheci no Cervejazul, foi o Beto Samurai, grande vocalista e amigo, já falecido. Ele me apresentou para a Banda Casa do Rock, que estava procurando um tecladista e eu entrei pra banda. Saí do Aurora Boreal logo em seguida. A banda se reunia na casa do guitarrista Jon Murari pois lá havia uma ótima sala para os ensaios. Era ele quem gerenciava as atividades da banda. A proposta da banda era fazer covers fiéis de clássicos do rock. Foi nessa época que eu aperfeiçoei a minha percepção musical e minha presença de palco, pois tínhamos em média de 4 a 6 shows por mês. Comecei também a dar aulas de teclado, violão, guitarra e baixo. Finalmente comecei a ganhar dinheiro com música. Comprei um teclado mais moderno, um Roland XP-10.

Já estava com o ouvido mais apurado e uma carga maior de experiência adquirida. Fui convidado por Cacá Aricó a participar das Jam Sessions que começavam a acontecer no Cervejazul. O que era uma brincadeira entre amigos, se tornou uma grande banda, que é conhecida hoje como CervejaBlues Band. Gravamos uma demo com mais de 30 músicas, e aproximadamente 5 horas de gravação. Morávamos todos nas redondezas do bar e nos reuníamos durante a semana pra tocar. Foi nessa época que eu compreendi como que funciona o blues: na base do improviso.

Depois de 5 anos na Cada do Rock, já tínhamos nos apresentado em quase todas as casas de show famosas da Grande São Paulo, feito duas aparições em rede nacional na MTV, no programa Covernation, apresentado por Marcos Mion e também diversas apresentações no interior e no litoral paulista.

Finalmente começamos a pensar em músicas próprias. Estávamos musicalmente em uma ótima fase, porém, com alguns poucos desentendimentos. Começamos a compôr e gravar nossas músicas próprias. Depois de 2 sessões de gravação, fizemos uma demo de 7 músicas e distribuímos para os amigos para que eles dessem opiniões e sugestões. Começamos a incluir as músicas próprias nos shows e o ápice de toda essa experiência foi uma apresentação das músicas próprias em grande estrutura de palco no Parque Central de Santo André, na qual abrimos o show para as bandas Carro Bomba e Brazil Rock Stars. Apresentar músicas próprias dessa maneira para o público foi uma das maiores experiências que eu já tive.

Infelizmente os desentendimentos fugiram do controle e não havia mais respeito pessoal entre eu e alguns integrantes da banda. Em meio à desavenças e brigas, deixei a banda. Quando a poeira baixou, me vi sem banda pela primeira vez em 5 anos.

Comecei a perceber que muitas pessoas que se aventuram pelo mundo da música param de estudar e se acomodam quando atingem certo prestígio. Eu não queria que isso acontecesse comigo. Fui morar em Amparo, no interior de São Paulo, procurando crescer nos meus estudos musicais. Fiquei sem banda durante esse tempo para não atrapalhar meus estudos. Mas de forma alguma isso foi um desperdício. Naquele ano eu aprendi muita coisa com uma grande amiga, a Marilia Andrade. Ela foi a responsável por eu ter hoje um conhecimento bem maior sobre teoria e percepção musical.

Voltei para São Paulo no ano seguinte querendo entrar em alguma banda e fui direto no lugar em que eu tinha certeza que iria encontrar uma galera conhecida que poderia me dar uma força: o Cervejazul. Lá reencontrei o baterista Rodrigo Ramos, já mais experiente. Ele estava tocando em uma banda de blues, The Suman Brothers Band, formada pelos irmãos Chico Suman e Vítor Suman (guitarrista e baixista). Ele me perguntou se eu queria fazer parte da banda e eu aceitei. Conheci nessa época o guitarrista Rogério Miranda, que saiu da banda pouco depois que eu entrei.

Em um dos shows da Suman Brothers Band conheci o vocalista Lucas Moura e o baterista Frederico Barbosa e montamos uma banda chamada Os Haros, que tinha em seu repertório voltado para MPB, e Pop Rock. Foi tudo muito novo para mim, algo que expandiu meus horizontes musicais para lados que eu ainda nem imaginava que existiam. A harmonia do MPB, a riqueza do Rock Brasileiro foram coisas que me cativaram e me emocionaram.

Fui convidado para realizar um show com Edu Romano e os Centuriões, amigos dos Suman Brothers. Seria um tributo ao Pink Floyd no Teatro Cacilda Becker em São Bernardo do Campo. O show foi um sucesso. Porém, após o show não conseguimos marcar outras apresentações e o projeto ficou parado.

Me mudei para Bom Jesus dos Perdões, interior de São Paulo, e houve uma proximidade maior com Os Haros, pois os integrantes moravam na cidade vizinha, Atibaia. Há um tempo eu queria me afiliar a Ordem dos Músicos do Brasil. Passei no teste e consegui o registro de músico prático. Minha vida estava bem corrida naquele momento. Eu fazia shows com os Suman Brothers em São Paulo e com Os Haros no interior.

Em uma apresentação dos Haros, conheci o vocalista Gabriel Beraldo. Ele me disse que tinha uma banda chamada Os Tenórios e que precisava de um tecladista. Entrei para a banda e pouco tempo depois saí da banda Os Haros. Fizemos alguns shows pela região de Atibaia, Perdões, Piracaia e a galera foi conhecendo a banda cada vez mais pelo interior.

Com os Suman Brothers, chegamos a gravar um clipe, que infelizmente nunca saiu e tocávamos pelo menos uma vez por mês no Dylan Rock Bar, no bairro do Tatuapé. O ápice da minha passagem por essa banda foi um show no Bourbon Street em São Paulo, a referência brasileira absoluta e indiscutível do Blues e Jazz no mundo. O meu sonho de tocar em uma casa de shows mundialmente famosa finalmente se realizou. Saí da banda pouco tempo um depois.

Comecei a dar aulas de Teclado e Técnica Vocal em uma escola de música em Bom Jesus dos Perdões. O dono da escola, Jorge Santos me convidou para participar de um grande show com a Banda Ópio, renomada banda da região, com o repertório de rock nacional dos anos 80. O pessoal da Banda Ópio era bem mais experiente do que eu. Tocamos na Festa do Divino em Nazaré Paulista, no centro da cidade com grande estrutura de palco. Tocar com uma banda desse porte e num evento de tamanha importância foi uma experiência única e marcante. Infelizmente não houve mais shows.

Ainda no interior, cheguei a ser proprietário de um Rock Bar, que em pouco tempo se tornou a sede oficial dos roqueiros perdoenses e passou a ser frequentado até por pessoas de cidades vizinhas como Atibaia, Piracaia e Nazaré Paulista. O bar fez um grande sucesso, mas como não consegui me entender com a minha sócia, infelizmente teve que ser fechado. Ao menos fiquei feliz por ter realizado um dos meus maiores sonhos, que era viver do rock'n'roll, ainda que por pouco tempo. Voltei para São Paulo poucos dias depois.

Montei uma nova banda em menos de uma semana em São Paulo, a banda Caldonia, um trio acústico. Fizemos alguns shows mas saí da banda alguns meses depois por conta de divergências em interesses musicais. Já tinha um show marcado com essa banda no Malooca Bar e fui tocar sozinho para cumprir a agenda. Correu tudo bem até a metade do evento, quando uma violenta tempestade castigou a noite, molhando todo o palco e alagando completamente o bar. Árvores caíram nas ruas e não havia energia elétrica no quarteirão inteiro. Felizmente não houve danos nos meus equipamentos.

Naquela noite reencontrei o baterista Fabiano Martinelli, que se tornou guitarrista. Ele me chamara ainda em 2006 para participar da sua banda de som próprio, Os Imigrantes Italianos do Século XXI. Naquela época eu não aceitei porque estava muito ocupado com os shows da Banda Casa do Rock e não tinha tempo de participar. Porém, naquele momento do reencontro, eu estava procurando uma banda. E gostei da ideia de fazer som próprio, pois estava procurando algo diferente. Chamei o Fabiano no dia seguinte para conversar sobre isso e gravamos no meu computador uma de suas músicas, a primeira de uma série de composições que marcaram o início de uma nova fase na minha carreira musical.

Passei a integrar Os Imigrantes Italianos do Século XXI. Já tinha uma certa experiência com produção musical, mas desta vez percebi que realmente tenho em mãos uma ferramenta poderosa para criar músicas próprias com mais facilidade. Tudo que eu havia aprendido criando aqueles arquivos MIDI no computador fazia sentido agora. Tanto que o computador passou a fazer parte integrante do meu equipamento.

Os Imigrantes Italianos do Século XXI era uma banda que estava desativada. Levaria um tempo até todos estarem em condições de tocar as músicas novamente. Enquanto isso eu precisava fazer shows. Tentei participar de um Deep Purple Cover com meus antigos amigos da extinta Aurora Boreal, Álvaro Pato e Marcelo Presto. Fizemos um único show e depois foram meses de exaustivos ensaios. A falta de disponibilidade deles para a dedicação individual acabou sendo um problema para mim, uma vez que eu já conhecia muito bem aquelas músicas. Decidi sair da banda por perceber que uma banda com essa proposta já não era mais o que queria. Já tinha passado por aquilo.

Mas eu ainda queria tocar. Optei então pelo rock nacional por ser de fácil aceitação do público e por ser simples de ensaiar. Marquei um encontro com Rodrigo Ramos e Rogério Miranda e montamos a Banda Retalho. Fizemos alguns ensaios e chegamos a gravar algumas músicas. A banda infelizmente teve que ser paralisada pouco tempo depois pois não havia mais disponibilidade por parte deles para ensaios e shows. Foi uma pena, pois estávamos muito bem entrosados, mesmo com poucos ensaios.

Eu ainda fazia shows ocasionais com Os Tenórios em Atibaia e Perdões, quando o Grupo de Circo e Teatro Rosa dos Ventos nos chamou para fazer parte do Festival de 12 anos do grupo em Presidente Prudente. Tivemos contato direto durante quatro dias com artistas de todas as partes do Brasil. Tocar em um evento dessa magnitude sempre foi um sonho que acabou se tornando realidade para mim. Naquele momento me senti totalmente à vontade por estar junto de pessoas que compartilham dos mesmos sonhos que eu tenho. E foi quando me certifiquei que é isso que eu quero fazer pro resto da minha vida.

Os Imigrantes Italianos do Século XXI já estavam prontos para começar a ensaiar comigo. Decidimos gravar uma nova demo, visto que a banda agora possui uma formação diferente daquela de 2006. Gravamos uma demo de 6 músicas com a nova formação e fomos para o ensaio em estúdio. Em paralelo, comecei a gravar mais músicas instrumentais com Fabiano e as publiquei no MySpace com algumas das minhas composições.

Os shows com Os Tenórios começaram a ficar bem mais escassos. A Banda Retalho estava paralisada. Os Imigrantes Italianos do Século XXI ainda estavam nos ensaios. Sem alunos, sem shows e sem dinheiro. Queria tocar. Recebi então um convite para um novo projeto com o Edu Romano. Ele queria montar uma banda de tributo a Pink Floyd com o baixista Lu Stopa e o baterista Frank Molitor. Aceitei o convite com grande entusiasmo e começamos a ensaiar todas as músicas do lendário álbum The Dark Side of The Moon. O projeto se transformou em uma banda séria com direito a vídeos exibidos em telão, iluminação, efeitos sonoros e tudo mais. As primeiras apresentações aconteceram no Espaço de Artes e Convivência Gambalaia, em Santo André.

Pode parecer besteira mas passei a acreditar que existe uma força misteriosa que curiosamente entra em ação quando você começa a correr atrás daquilo que você procura. Estava tudo começando a dar certo novamente.

Outros contatos foram surgindo. Fui convidado para participar de uma banda de Classic Rock em Arujá e aceitei. O repertório era bom e me dei muito bem com os integrantes da banda, em especial o baterista Adriano Bucinskas e o baixista Rogério Carnaz, que são cunhados e já tocam juntos há anos. Grandes figuras. Mas infelizmente saí da banda porque os ensaios estavam me tomando um tempo que eu não tinha e não havia previsão de shows. Foi uma questão prática, mas nada me impede de voltar se aparecerem shows, afinal é prazeroso tocar músicas que você gosta e com pessoas que estão na mesma sintonia que você.

Conversei novamente com Rodrigo Ramos e Rogerio Miranda e decidimos que era hora de reativar a Banda Retalho. Alguns ensaios e uma apresentação bem sucedida no The Red One serviram para alavancar de vez a banda. Fizemos algumas apresentações na Mooca e as pessoas começaram a reconhecer o meu trabalho como artista. Isso me ajudou a me soltar mais como cantor e também me motivou a realizar shows de rua, que era uma coisa que eu há algum tempo queria fazer. Comecei a sair com meu violão pra passar o chapéu em semáforos, como parte de uma realização pessoal.

Nesta época conheci a percussionista Erika Romano e comecei a fazer participações especiais como baixista em seus shows.

Enquanto isso, os integrantes do Imigrantes Italianos do Século XXI, queriam complementar a demo e gravar novas músicas. Gravamos mais 4 músicas e 3 vinhetas, totalizando um álbum com 13 faixas de autoria própria, intitulado O Culto Ao Santo Grau, produzido por mim. Infelizmente a minha relação com os Imigrantes Italianos do Século XXI começou a se deteriorar por conta de diferenças de ideais e eu acabei saindo da banda pouco tempo depois que o álbum ficou pronto.

Os shows com o The Dark Side of The Moon foram ficando cada vez melhores e com mais músicas a cada apresentação. A coisa começou a tomar tamanha dimensão que gravamos praticamente nosso repertório inteiro, mais de 30 músicas. Porém o único material que foi lançado foi o tributo ao álbum The Dark Side Of The Moon.

Apesar de fazer parte do cast oficial do CervejaBlues Band, raramente me apresento com eles por conta da rotatividade entre os muitos integrantes. Saí da banda Os Tenórios por conta da inviabilidade de viajar para o interior a cada apresentação. Também saí da banda Dark Side por conta da quantidade excessiva de ensaios para a pouquíssima quantidade de shows. Tempo disponível é uma coisa muito difícil de se lidar.

Me apresentei algumas vezes com a banda acústica Na Noite, com Erika Romano e Rafaela Andrade no Malooca Bar, e esses shows tiveram uma repercussão bem positiva. Porém a baixa demanda de shows não permitiu dar continuidade neste projeto.

Em uma reunião com Alexandre Tucano, passei a integrar uma banda de som próprio na Mooca. As músicas eram muito boas e tinham alto potencial artístico. Mas infelizmente a evolução do projeto estava muito lenta e eu precisava tocar para ganhar dinheiro. Saí da banda depois de alguns meses com pesar, pois o projeto era muito bom. Não houve shows.

A Banda Retalho acabou se tornando um projeto pequeno com Rogério Miranda. Nos apresentávamos com pouca frequência em festas particulares e pequenos shows como uma dupla, depois que Rodrigo Ramos saiu definitivamente da banda devido a falta de tempo para se dedicar ao projeto.

Um projeto derivado da Banda Retalho chamado Usmininunú ganhou forma com algumas composições, rimas, harmonias e batidas em Beat Box, algo diferente e interessante. Com os irmãos Jorge e André Padilha, chegamos a gravar algumas músicas mas o projeto ficou parado por conta de divergências pessoais entre alguns dos integrantes.

A Banda Retalho ainda estava em atividade. Porém Rogério Miranda não estava mais disponível para shows e deixou o projeto. Passei então a me apresentar com minha namorada na época, a tecladista Priscila Medola na região da Mooca e em festas particulares, como uma dupla. Chegamos a compôr e fazíamos releituras de músicas de sucesso.

Por indicação de Cacá Aricó, conheci Leonardo Oliveira, guitarrista da banda Loud Rules. Ele estava procurando um tecladista e eu fiz um teste com a banda. Já havia uma agenda de shows a cumprir e começamos a ensaiar as músicas. Nos apresentamos em algumas casas de shows pela Grande São Paulo, sendo o Komb Bar um dos lugares onde fizemos mais shows. Depois de alguns meses a banda trocou de baterista diversas vezes vezes e os ensaios consumiam um tempo que eu não tinha mais. Houve poucas apresentações depois disso e acabei saindo da banda.

Após uma conversa com alguns amigos da Mooca envolvidos com eventos filantrópicos, em especial Cauã Lopes, decidimos montar o Luau da Jamaica. O projeto, que começou com um grupo pequeno de pessoas tocando na praça Ciro Pontes, se tornou uma parada musical que atraía mais de 100 pessoas a cada evento e era voltado a arrecadação de alimentos e roupas para caridade. Sempre quis fazer parte de um trabalho voluntário envolvendo música e arte e este projeto foi a oportunidade ideal.

Há algum tempo vinha acompanhando uma recente banda de som autoral montada pelos antigos amigos Dudé Martins e os irmãos Navarrette e gostei muito das músicas. Sugeri a inclusão de um teclado na banda e fiz um teste com eles. Não só o meu teclado ficou bem interessante com as músicas como também fui muito bem aceito por eles, afinal já conhecia os integrantes há muitos anos. Passei a integrar a banda de som próprio Dudé e a Máfia pouco depois do lançamento do EP oficial. Minha estreia com a banda foi no Ton Ton Jazz. Participei com a banda em programas de Web Rádios como Showlivre, Stay Rock, dentre outros, ainda em 2017. Entramos em negociação com a Secretaria de Cultura da Cidade de São Paulo para fechar shows em eventos culturais pela cidade para o ano seguinte.

Ainda me apresentava com a Banda Retalho ocasionalmente pela região da Mooca. Me casei com Priscila Medola e quando nossa filha Helena nasceu, paralisamos durante um tempo as atividades da banda para cuidar da nossa bebezinha. Aos poucos fomos voltando a compor novas músicas e a nos apresentar. 

A banda Usmininunú, parada há mais de três anos, voltou a ganhar forma depois de uma conversa entre eu e os irmãos Padilha. Uma apresentação da banda no Luau da Jamaica serviu para que definitivamente voltássemos a tocar e compôr novas músicas, utilizando instrumentos reais. Fizemos alguns ensaios, gravamos mais uma música e tudo estava aparentemente indo bem. Porém novamente a coisa acabou esfriando. Por enquanto nenhuma previsão de shows ou ensaios. Decidimos dar uma pausa com previsão de volta imediata caso algum patrocinador ou produtor se interesse pelo nosso som.

As coisas estavam melhorando com a banda Dudé e a Máfia. Os contratos com a Secretaria de Cultura deram certo. Tanto que fizemos uma apresentação muito bem sucedida na Virada Cultural de 2018 no centro de São Paulo e na Feira de Artes da Pompéia. Aconteceram também mais algumas apresentações na Avenida Paulista, junto com outras bandas, uma apresentação no centro de São Paulo no Espaço 555, onde tocamos junto com as bandas Casa das Máquinas, Dr Sin, Supla, e também uma apresentação no Parque do Ibirapuera, além de outros shows pela cidade. Iniciamos ainda a produção do clipe da música Algo Mais. Este clipe, junto com outros dois dos nossos principais, atingiram mais de 45.000 visualizações cada um no YouTube. No final do ano, fomos contemplados com o Prêmio Arte e Inclusão e participamos da Virada Inclusiva. Estava tudo indo muito bem.

Infelizmente, por conta de problemas familiares, me separei da Priscila Medola no início de 2019. Naquele momento percebi que não só era o fim da Banda Retalho como também era o fim da minha família, na qual tinha sonhado e planejado há muito tempo. Deixei todas as músicas para a Priscila e segui arrasado, deixando a casa dela. Foi um episódio muito triste na minha vida, porém o novo álbum da banda Dudé e a Máfia, que estava em plena produção, me manteve o ocupado o bastante para que eu me levantasse novamente. 

Apesar dos prêmios e da grande repercussão da banda Dudé e a Máfia no ano anterior, o dinheiro demorava pra chegar e não dava pra eu ficar parado, esperando as coisas acontecerem. Precisava conseguir uma grana urgente e então passei a tocar com os Irmãos Navarrete e Junior Coquinho, que agora tocava como guitarrista. A banda foi batizada de Rock'n'Roll Brothers. A ideia era fazer covers em uma proposta diferente em bares e pequenas casas de shows pela Mooca. Entrei como o baixista da banda. Fizemos alguns shows no Saudosa Maloca, Bar do Juca, Alabama, CC Rider e fomos muito bem aceitos pelo público. Mais shows foram surgindo, desde festas particulares até uma apresentação ao vivo na web rádio Led FM.

Recebi uma ligação de Leonardo Oliveira, da banda Loud Rules, me chamando para integrar a banda novamente. Aceitei e começamos a ensaiar algumas músicas. Após alguns ensaios e shows, houve novamente uma mudança constante de integrantes que desestabilizou o grupo, fazendo com que a banda acabasse de vez. Cada um seguiu para seu lado.

Com a banda Dudé e a Máfia, estávamos gravando grande parte das músicas do nosso álbum. Porém, tivemos que dar uma parada por conta da alta demanda de shows. O ano foi marcado por apresentações na Avenida Paulista, no Aurora Club, além de shows no centro de São Paulo, no centro de Santo André e uma apresentação muito especial na cidade de Atibaia, onde tocamos novamente com o Supla. Participamos também da Virada Cultural 2019 no Museu da Inclusão do Memorial da America Latina e do evento beneficente do instituto Entre Rodas e Batom, que aconteceu em frente ao prédio da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo. Porém, devido a toda essa correria, terminamos o ano de 2019 sem finalizar as gravações do nosso álbum.

Minha reaproximação com a Priscila Medola foi inevitável, devido ao fato de termos uma filha. Após conversarmos muito sobre a separação, voltamos a nos acertar como pais da nossa filha e também como banda. A Banda Retalho voltou a ganhar forma novamente. Retomamos os ensaios e fizemos planos para compor mais músicas e chamar mais músicos para participar da banda. Porém as coisas nem sempre andam como a gente quer. Nossa relação não anda muito estável e o projeto infelizmente não saiu mais do lugar.

Fui convidado por Emerson Bolinha para fazer parte de um tributo a O Rappa e aceitei. Montamos a banda, fizemos alguns ensaios e nos apresentamos no Cervejazul, numa repercussão bem positiva. Pouco tempo depois a banda se desfez. Mas após uma conversa com os integrantes, ficamos de retomar o projeto como a Banda Mirtes. Marcamos alguns ensaios tocando covers e experimentado diferentes formações. A que deu mais certo foi comigo, Zé, Pietro e Betão. Infelizmente Emerson Bolinha não quis mais fazer parte do projeto. A Priscila Medola também não demostrou muito interesse em participar. Com a formaçãonja definida, decidimos que vamos fazer música própria e alguns poucos covers com nossa própria pegada. Marcamos algumas reuniões para definir o futuro da banda, o que queremos e o que pretendemos fazer.

Recentemente, em uma das minhas apresentações em semáforos passando chapéu, conheci o Gilson Diniz, do canal Fique Famoso. Ele me disse que veio de Santa Catarina, estava há poucos dias em São Paulo e se interessou pela minha apresentação, onde faço um número de 60 segundos no semáforo com o violão em uma afinação especial. Se comprometeu a gravar um vídeo desse número em um outro dia pois estava ocupado no momento procurando apartamento. Por coincidência, ele se tornou meu vizinho, vindo morar no meu prédio e nos tornamos amigos. Eu tinha uma máscara de caveira, dessas de Halloween em casa. Mostrei pra ele e perguntei o que ele achava se eu gravasse o vídeo usando aquela máscara com os cabelos soltos, chapéu e roupas pretas. Ele achou uma ótima ideia. Nasceu então a ideia do personagem Zeca Veira, o Violeiro Sinistro. Gilson gravou o vídeo e colocou no canal dele. O personagem fez sucesso entre os meus amigos.

Fui chamado por Erika Romano para participar da ala musical do bloco de carnaval Mooressaca. Ela me disse que não poderia participar do bloco por conta de problemas de saúde. Aceitei e chamei a Priscila pra cantar comigo. Marcamos um ensaio e dias depois nos apresentamos a tarde inteira em cima do trio elétrico. Fui tocar como baixista e a Priscila cantou. Nunca tinha participado de um evento desse tipo e de tamanha magnitude. A repercussão foi excelente e recebi elogios do pessoal da bateria. A banda provavelmente vai continuar, tocando em eventos e festas. Sou grato a Erika Romano e por toda equipe do bloco Mooressaca por terem me chamado. Que experiência maravilhosa!

Infelizmente o Luau da Jamaica tornou-se insustentável, tanto para mim como para os demais colaboradores. Cada vez mais pessoas e mais bandas participavam dos eventos e a pouca estrutura que contávamos passou a ser insuficiente para a magnitude do evento. Não conseguimos um patrocínio e após uma reunião, decidimos que era hora de dar um tempo para o projeto. Não adianta querer fazer caridade sem estrutura pra isso.

Chegou a pandemia do Covid-19 e as coisas começaram a ficar bem complicadas para os artistas. Bares e casas de show fechadas. Sem lugares para tocar, com nenhuma das bandas. Quando começou a onda das Lives, não perdemos tempo. A banda Dudé e a Máfia começou a oferecer shows nesse novo formato. Como estávamos super bem entrosados, a produção das Lives não foi um desafio para nós. Fizemos algumas Lives com repercussão bem positiva durante o ano e isso foi de certa forma um alívio, um sopro de esperança nesses tempos difíceis.

Continuei passando chapéu nós semáforos da Mooca, muitas vezes como Zeca Veira. Dividi opiniões. Algumas pessoas me ridicularizaram e outras me apoiaram. Participei de algumas brincadeiras e mini Jams, quando os amigos das proximidades traziam os violões para brincar e comemorar o milagre de ainda estarmos vivos nessa pandemia. Em uma dessas Jams, conheci o violeiro e vocalista Marcelo Guerino. Fiquei impressionado como o nosso repertório bateu. Muitas músicas parecidas, muita coisa em comum. Trocamos contato e nos tornamos amigos. Planejamos montar uma banda.

O ano acabou. E por mais uma vez adiamos a conclusão e lançamento do álbum da banda Dudé e a Máfia. Estava tudo parado. Em alguns lugares da Mooca ainda conseguíamos fazer poucos shows com a banda Rock'n'Roll Brothers. Estava tudo muito lento, tudo muito devagar. Infelizmente por conta de diferenças de ideais, a banda Dudé e a Máfia acabou. Fiquei extremamente triste porque eu sequer fui consultado. Não foi uma decisão que coube a mim. Mesmo extremamente decepcionado, prossegui com a banda Rock'n'Roll Brothers e começamos a procurar novos lugares para tocar. Júnior Coquinho infelizmente passou por problemas familiares e precisou se afastar um pouco da banda. Passei a usar dois teclados com a banda, sendo um deles o baixo, na qual tocava com a mão esquerda.

Um projeto paralelo ao Rock'n'Roll Brothers chamado Cidade de Pedra começou a ganhar forma. Fui chamado para fazer alguns arranjos de baixo e teclado em algumas músicas e fui bem aceito. Porém, além de já definido e iniciado, o projeto se encontrava em um nível muito primário de desenvolvimento das músicas, o que indica que levaria um tempo até o mesmo se concretizar. Fiquei como o tecladista da banda, de forma não oficial. Porém não me chamaram mais.

Com a banda Rock'n'Roll Brothers, começamos a procurar novos lugares pra tocar. Conhecemos um lugar muito legal, o Mooca Rock Bar, e passamos a tocar uma vez por mês lá. Fui me tornando amigo dos donos e das pessoas que tocavam por lá. Na festa do primeiro aniversário do bar, reencontrei o violeiro e vocalista Marcelo Guerino e o apresentei aos donos do bar e aos Rock'n'Roll Brothers. Marcelo acabou entrando merecidamente para a banda, que ganhou não só um violeiro mas um vocalista muito bom.

Passei a tocar com o Marcelo em dupla no Mooca Rock Bar durante noites de quarta e quinta, o que rapidamente teve uma ótima aceitação do público. Com um repertório um pouco diferente da Rock'n'Roll Brothers, o projeto estava muito bom, mas ainda faltava uma baterista. Marcelo chamou seu amigo Emerson para tocar percussão e batizamos a banda de MRB - Mooca Rock Band. Em alguns dias fazíamos discotecagem de LPs e as pessoas que gostam desse tipo de coisa passaram a frequentar o local por causa da gente. E o ano enfim acabou.

O ano seguinte iniciou estranho. Se por um lado a carteira estava vazia, o coração estava repleto de esperanças. Novos projetos, nova formação da banda, nova banda, novos horizontes. E após uma conversa com o Zé o e Betão, da banda Mirtes, começamos a definir o rumo das coisas. Provavelmente a banda mudará de nome. Temos muitas letras e músicas pra produzir, assim como novas idéias baseadas em pesquisas regidas pelo nosso bom gosto.

O cenário do rock há muito tempo não lança algo que cativa os jovens. Passou a ser coisa de tiozão. O discurso que "o rock morreu" acabou infelizmente se tornando verdadeiro. O cenário do rock está carente e ninguém lança nada novo. Pois eu decidi que quero ser protagonista de algo novo, uma nova tendência no rock que vai fazer sucesso entre os jovens. Ainda não sei exatamente o que vai acontecer mas eu sinto que será algo que finalmente vai fazer minha carreira decolar. Eu nasci pra brilhar! É a minha vez.

A banda Rock'n'Roll Brothers ainda estava ativa. porém com poucos shows. Em um desses shows, conheci o vocalista Gabriel Marinho, da banda Brutus. Fiquei impressionado com a performance dele no palco. A banda também era boa. Trocamos contato e passei a acompanhar o trabalho dele.

Infelizmente os shows com a banda Rock'n'Roll Brothers começaram a ficar mais raros. Como os irmãos Navarrete estavam empenhados com as composições das músicas da banda Cidade de Pedra, a banda Rock'n'Roll Brothers acabou ficando em segundo plano. Não houve mais shows e a banda ficou parada. Com a banda Mooca Rock Band fiz mais alguns shows. Porém, o Marcelo trocou de emprego, o que tornou as coisas mais complicadas. E com isso, uma ótima banda infelizmente acabou...

Fiz mais algumas reuniões com o pessoal da banda Mirtes. Houve alguns ensaios mas uma incerteza ainda pairava no ar. Entre trocas de vocalista e a necessidade da modernização do estúdio, combinamos que o melhor seria adiar um pouco o projeto. Isso tudo aconteceu em um mês. Um verdadeiro balde de agua fria, que acabou inevitavelmente levando embora parte do meu ânimo e esperança. 

Ainda fiz alguns shows com o baterista Emerson e ele me apresentou para o guitarrista Maik Sales. Os dois me convidaram para ser tecladista da Banda Rockzilla e eu aceitei. Conheci o vocalista Plínio e começamos a fazer shows, sem ensaios. Infelizmente o Emerson acabou saindo da banda pouco tempo depois e a banda nunca mais teve um baterista fixo. Posteriormente, o baixista Lucas Nalesso entrou para a banda, o que facilitou um pouco para mim, já que eu não precisaria levar dois teclados para fazer o baixo, como fazia com a banda Rock'n'Roll Brothers.

Ainda neste mesmo ano cheguei a montar uma banda com um pessoal da Mooca, o vocalista Daniel Muralins, o baixista Olavo Di Giorgi e o baterista Kadu Bronks. Fizemos alguns ensaios e batizamos a banda de Garage Mooca Band. A coisa estava indo muito bem, mas infelizmente o Kadu arrumou um emprego num bar e era no período noturno. Fizemos uma pausa até que o Kadu conseguiu mudar o horário. Voltamos a tocar, porém pouco tempo depois o Olavo quebrou a mão e tivemos que fazer mais uma pausa forçada. Quando ele se recuperou, a coisa esfriou e não houve mais ânimo para voltarmos.

O ano seguinte começou com muitas incertezas. Ainda continuava a me apresentar sozinho por aí e passei a me apresentar nos semáforos com mais frequência. Os shows com a banda Rockzilla iam bem, embora nem tanto frequentes. Metade do ano foi dedicado a quase que exclusivamente me apresentar nos semáforos. Comecei a tocar em um barzinho na Mooca quase toda semana e as coisas foram melhorando. Porém as coisas ainda não estavam como eu queria.

Essa incerteza toda foi embora junto com aquele ano. Quando o ano seguinte começou, eu ja me sentia um pouco mais esperançoso, sabia que, de certa forma alguma coisa boa ia acontecer. Foi quando o vocalista Gabriel Marinho entrou em contato comigo dizendo que queria reformular a banda Brutus, mudando completamente a formação e me convidou para ser o baixista e tecladista. Ele me disse que queria uma pegada mais rock pra banda, o que não vinha acontecendo e o desagradava. Contatei os irmãos Navarrete para completar o time mas eles estavam ocupados demais com a banda Cidade de Pedra. Chamamos então o guitarrista Maik Sales. Mas o baterista ainda não estava definido. Não fizemos ensaios, apenas combinamos as músicas de bate-pronto e a coisa rolou muito bem. De inicio, não tínhamos baterista fixo mas em uma das apresentações, o baterista Leonardo entrou definitivamente na banda.

Enfim uma banda ótima, com uma pegada bem rock e com um pessoal super gente fina. Era tudo que eu queria. Com a banda Brutus, estamos fazendo várias apresentações pela região da Mooca, Vila Formosa, e Vila Zelina. Todas elas regidas por um rock bem ao meu gosto. É muito legal tocar músicas que a gente gosta e com pessoas legais. Algo me diz que essa parceria com o Gabriel vai durar bastante tempo.

Atualmente sou tecladista e baixista das bandas Brutus e Rockzilla. Também me apresento em semáforos da Mooca passando chapéu. Paralelamente trabalho com gravações e produções musicais, além de dar aulas particulares de música.

Enfim, constatei que não adianta só ser bom e permanecer no anonimato. Tem que mostrar para o mundo o que você pode fazer e tem que se esforçar para dar o seu melhor. O reconhecimento é consequência do esforço e além de incentivar o artista a produzir mais, o leva a buscar novidades, a quebrar limites. Chegamos então ao fim das pegadas mas não no fim da estrada. Não sei quanto tempo vou caminhar por ela mas posso afirmar que ainda estou perseguindo meu sonho.